Ao longo de mais de dez anos tocando em Blumenau e região, articulou juntamente com outros artistas mais de cem eventos culturais, ajudando a levar arte e cultura para toda população. É o caso do MPBLU, (onde já citamos Daian Schmitt e a banda Revolver) movimento de artistas locais, onde envolvia poesia, teatro, artes plásticas e música. Uma vez por mês artistas se reuniam num lugar e apresentavam de graça pra população seus trabalhos, livros, quadros, performances teatrais e shows com o foco nas composições dos músicos locais. Fundou em 2002 a banda Trovadores do Vento com a qual gravou dois discos, com músicas que tocam nas rádios da região, fez mais de duzentos shows além de parcerias musicais com o poeta Douglas Zunino. Atualmente Orly vem tocando com a banda Revolver em bares e casas noturnas e também organizando shows musicais com ingresso popular. Dia 17/06 Orly estará lançando seu novo projeto, intitulado "Despedida de um Jovem Sonhador"
Abaixo confira a entrevista feita com esse grande compositor:
1. Orly, conte um pouco pra nos sobre suas inspirações, suas influências e como surgiu a vontade de compor.
2. Em sua opinião, como anda os movimentos musicas em Blumenau e região, e o que poderiamos fazer para este melhorar?
Blumenau tem uma cena forte de música, o que falta talvez seja mais organização já fui a alguns eventos que englobam mais atrações além de música, mas não consegui saber quem eram os cantores, nem quem estava expondo, a única coisa em evidência era o nome do evento. O que eu noto é uma política de manipulação por alguns, onde o que importa é fazer o evento e não mostrar o que está sendo produzido. É parecido com o Stammtisch você vê um monte de pessoas reunidas mais cada um no seu grupinho. Quando eu comecei a tocar a dez anos, eram bem poucas bandas que faziam música própria e nenhuma apresentava suas músicas, além de não ter lugar pra tocar. Formamos um movimento juntamente com outras bandas chamado MPBLU, nós apresentávamos nossas músicas em bares desde botecos até casas mais “conceituadas”. Conseguimos algum resultado mas a repressão por parte do estado nos sufocou. Quem tem realmente algo pra mostrar não se cria aqui.
Hoje em dia não existe nenhum lugar em Blumenau que você pode tocar suas músicas, nem em bares nem pela prefeitura. Além de que os bares que podem ter música ao vivo cobram preços absurdos, não que eu esteja questionado se é justo ou não, mas como por exemplo um trabalhador assalariado vai poder chegar num lugar desses e entrar em contato com as bandas? É tudo elitizado, tudo institucionalizado, ligado a alguma instituição, ou faculdade ou fundação. Eu acredito na arte livre, livre de qualquer sigla!
3. Após o termino da banda Travadores do Vento, você seguio carreira solo, o que mudou para você nessa transição?
A Trovadores do Vento foi a banda que eu formei em 2002 e acabou em 2008, porquê é difícil manter uma banda, desde então eu venho me apresentando com o meu nome e acompanhando a banda Revolver que são meus amigos, e tem conteúdo nas apresentações. A Revolver é uma das poucas bandas em Blumenau que podem tocar mais de quatro horas apenas as suas músicas. E nos covers que fazem existe a liberdade sem aquele virtuosismo chato, é por isso que toco com eles, eu sou um roqueiro e a banda Revolver é rock’n’roll. E o rock’n’roll é livre qualquer um pode fazer, mas são poucos que conseguem, independente de estilo musical.
4. Pra quem não conhece, Blumenau tem um grande poeta chamado Douglas Zunino, o qual você faz algumas parcerias, conte pra nós sobre como elas funcionam.
O Douglas é um poeta de verdade e escreve muito bem, nós somos parceiros de músicas porque eu gosto do trabalho dele e além disso eu só consigo trabalhar com meus amigos. Pra mim parceria é algo que acontece de um relacionamento ou com a obra ou com o próprio artista. Cada um tem uma maneira de produzir.
5. O que você acha da Cena Musical Catarinense? Na sua opinião, o que falta para ela subir de patamar?
Santa Catarina tem uma diversidade muito grande de estilos vai desde o germânico até o metal, o que eu vejo é que os músicos tem uma preocupação excessiva com a parte musical, parece que querem tocar tudo que sabem numa música. Quanto a isso é até uma questão de gosto musical, mas o problema é quando começam a cantar, meu irmão, é só aquele negócio comportado, aquela coisa de comer um peixinho a beira do mar, uma farinha, ou então a vida é linda, é todo mundo lindo, o sistema é mal, vamos brincar de cirandinha, energia positiva, não vamos matar, vida de bandido não é certo... O que falta é atenção nas letras e nas melodias e isso é a nível federal, talvez universal.
6. E quanto aos seus projetos, o que podes ir adiantando pra nós?
Bom vou estar lançado meu terceiro disco, o primeiro que leva o meu nome no dia 17/06/2012, vai ser no Casarão do Rock no início da Rua Pastor Osvaldo Hesse ao lado da Auto Escola União. É um disco intitulado A Despedida de Um Jovem Sonhador, e tem onze músicas, todas composições minhas, com duas parcerias com o poeta Douglas M. Zunino. Quem quiser ouvir a música que leva o nome do disco basta digitar no youtube Despedida de Um Jovem Sonhador / Orly. E quem quiser adquirir o disco e não mora em Blumenau manda um email para orlymusicas@hotmail.com.
7. O Blog Catarina Musical agradece e deixa essa ultima questão em aberto pra você se expressar.
Bom, agradeço ao Catarina Musical pela oportunidade e dizer que as minhas músicas gravadas estão no www.palcomp3/orlymusicas. Eu sobrevivi e a única coisa que vai me fazer parar de compor e tocar minhas músicas é a morte! Valeu!.
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Palco Mp3:
1. Orly, conte um pouco pra nos sobre suas inspirações, suas influências e como surgiu a vontade de compor.
Bom eu componho desde dos onze anos de idade, no início eu fazia mais músicas bobinhas, como meu amor não me deixe, essas coisas. Mas com o passar dos anos eu fui entrando em contato com músicas de reflexão e percebi que eu poderia dizer algo útil em minhas músicas. Foi então que eu conheci o Aroldo o Pití e o Baiano que foram me apresentando um universo musical do qual eu estava procurando, Bob Dylan, Neil Young, Rolling Stones, Zé Ramalho, e Raul Seixas que eu já conhecia mas não tinha estudado as obras desses artistas. Tenho como base esses artistas e costumo ler poesias, gosto do Douglas M. Zunino, Carlos Drummond de Andrade, Willian Blake, Dylan Thomas, Arhur Rimbaud e gosto de ler os clássicos atualmente tenho lido bastante John Steinback que vem sendo o meu preferido.
2. Em sua opinião, como anda os movimentos musicas em Blumenau e região, e o que poderiamos fazer para este melhorar?
Blumenau tem uma cena forte de música, o que falta talvez seja mais organização já fui a alguns eventos que englobam mais atrações além de música, mas não consegui saber quem eram os cantores, nem quem estava expondo, a única coisa em evidência era o nome do evento. O que eu noto é uma política de manipulação por alguns, onde o que importa é fazer o evento e não mostrar o que está sendo produzido. É parecido com o Stammtisch você vê um monte de pessoas reunidas mais cada um no seu grupinho. Quando eu comecei a tocar a dez anos, eram bem poucas bandas que faziam música própria e nenhuma apresentava suas músicas, além de não ter lugar pra tocar. Formamos um movimento juntamente com outras bandas chamado MPBLU, nós apresentávamos nossas músicas em bares desde botecos até casas mais “conceituadas”. Conseguimos algum resultado mas a repressão por parte do estado nos sufocou. Quem tem realmente algo pra mostrar não se cria aqui.
Hoje em dia não existe nenhum lugar em Blumenau que você pode tocar suas músicas, nem em bares nem pela prefeitura. Além de que os bares que podem ter música ao vivo cobram preços absurdos, não que eu esteja questionado se é justo ou não, mas como por exemplo um trabalhador assalariado vai poder chegar num lugar desses e entrar em contato com as bandas? É tudo elitizado, tudo institucionalizado, ligado a alguma instituição, ou faculdade ou fundação. Eu acredito na arte livre, livre de qualquer sigla!
3. Após o termino da banda Travadores do Vento, você seguio carreira solo, o que mudou para você nessa transição?
A Trovadores do Vento foi a banda que eu formei em 2002 e acabou em 2008, porquê é difícil manter uma banda, desde então eu venho me apresentando com o meu nome e acompanhando a banda Revolver que são meus amigos, e tem conteúdo nas apresentações. A Revolver é uma das poucas bandas em Blumenau que podem tocar mais de quatro horas apenas as suas músicas. E nos covers que fazem existe a liberdade sem aquele virtuosismo chato, é por isso que toco com eles, eu sou um roqueiro e a banda Revolver é rock’n’roll. E o rock’n’roll é livre qualquer um pode fazer, mas são poucos que conseguem, independente de estilo musical.
4. Pra quem não conhece, Blumenau tem um grande poeta chamado Douglas Zunino, o qual você faz algumas parcerias, conte pra nós sobre como elas funcionam.
O Douglas é um poeta de verdade e escreve muito bem, nós somos parceiros de músicas porque eu gosto do trabalho dele e além disso eu só consigo trabalhar com meus amigos. Pra mim parceria é algo que acontece de um relacionamento ou com a obra ou com o próprio artista. Cada um tem uma maneira de produzir.
5. O que você acha da Cena Musical Catarinense? Na sua opinião, o que falta para ela subir de patamar?
Santa Catarina tem uma diversidade muito grande de estilos vai desde o germânico até o metal, o que eu vejo é que os músicos tem uma preocupação excessiva com a parte musical, parece que querem tocar tudo que sabem numa música. Quanto a isso é até uma questão de gosto musical, mas o problema é quando começam a cantar, meu irmão, é só aquele negócio comportado, aquela coisa de comer um peixinho a beira do mar, uma farinha, ou então a vida é linda, é todo mundo lindo, o sistema é mal, vamos brincar de cirandinha, energia positiva, não vamos matar, vida de bandido não é certo... O que falta é atenção nas letras e nas melodias e isso é a nível federal, talvez universal.
6. E quanto aos seus projetos, o que podes ir adiantando pra nós?
Bom vou estar lançado meu terceiro disco, o primeiro que leva o meu nome no dia 17/06/2012, vai ser no Casarão do Rock no início da Rua Pastor Osvaldo Hesse ao lado da Auto Escola União. É um disco intitulado A Despedida de Um Jovem Sonhador, e tem onze músicas, todas composições minhas, com duas parcerias com o poeta Douglas M. Zunino. Quem quiser ouvir a música que leva o nome do disco basta digitar no youtube Despedida de Um Jovem Sonhador / Orly. E quem quiser adquirir o disco e não mora em Blumenau manda um email para orlymusicas@hotmail.com.
7. O Blog Catarina Musical agradece e deixa essa ultima questão em aberto pra você se expressar.
Bom, agradeço ao Catarina Musical pela oportunidade e dizer que as minhas músicas gravadas estão no www.palcomp3/orlymusicas. Eu sobrevivi e a única coisa que vai me fazer parar de compor e tocar minhas músicas é a morte! Valeu!.
Palco Mp3: